Descoberto um planeta alienígena coberto por vulcões fora do sistema solar, afirmou a equipe de astrônomos do Trottier Institute for Research on Exoplanets da Université de Montréal.
Os cientistas sugerem que o novo planeta LP 791-18d possui uma atividade vulcânica semelhante à IO, o corpo celeste mais ativo.
A Terra, Vênus e o IO uma das luas de Júpiter tem um vulcanismo intenso na via láctea. Que somados com a água em estado líquido, atmosfera e sua localização na zona habitável possibilita existência de vida no universo
A descoberta é resultado do cruzamento de dados coletados na missão Spitzer, aposentada em 2020,com suas imagens em infravermelho por telescópio e as informações do satélite TESS perito em levantamento de exoplanetas.
Anunciada a descoberta no dia 17 de maio de 2023, contudo o que o torna tão especial? Confira até o final para saber a resposta.
O novo planeta pode ter enorme atividade vulcânica
O LP 791-18d circula uma anã vermelha a uma distância extremamente próxima. Em comparação com a terra, ele é maior e mais macio além de ficar a 86 anos-luz da constelação do sul da Cratera.
As anãs vermelhas são os astros mais comuns na via láctea, representando cerca de 70% das estrelas em todo o universo, tem pouca massa, brilho fraco e baixa temperatura.
Contudo, não gira ao redor de seu próprio eixo de um lado é sempre dia e do outro é noite. A face diurna é muito quente enquanto a noturna é o oposto.
A localização dele é na borda interna da zona habitável, muito parecido a Vênus. Podendo assim ter água em estado líquido e atmosfera.
Segundo teorias esse exoplaneta poderia ser suscetível a vida na zona limite entre seus lados, pois teriam as condições ideias.
Os astrônomos já conheciam outros dois planetas que orbitam a mesma anã vermelha, o LP 791-18 b e o c descobertos em 2019.
O planeta B é 20% maior que a terra e orbita sua estrela em menos dias. E está na lista dos exoplanetas que receberam uma sonda para estudos.
Por que acreditam ter vulcões ativos no exoplaneta LP 791-18d?
O planeta c e d são extremamente próximos um do outro, cada passagem entre eles causa um puxão gravitacional, tornando a órbita menos circular e mais elíptica.
Por causa dessa órbita é criando uma leve deformação toda vez que o planeta gira em torno da sua estrela.
Em suma, isso gera uma enorme quantidade de calor no interior do planeta que escapa para a superfície por meio de atividades vulcânicas. Essa fricção causa o aquecimento interno, permitindo a existência de um oceano de magma.
Esse fato é chamado de fenômeno dos mares. E por esse motivo o LP 791-18 d provavelmente é repleto de vulcões.
Se essa suspeita dos cientistas for verdade, a equipe de pesquisa da UdeM acredita o pequeno exoplaneta pode ter uma atmosfera.
Encontrar vida em outras partes do universo ou possíveis hospedeiros sempre foi um grande desejo da comunidade de astrônomos. Entretanto, essa tarefa exige muitos recursos.
Em suma, a busca por planetas fora do nosso sistema solar é bem árdua, e exige muito estudo, tempo e grandes telescópios para captar os dados.
Algumas técnicas desenvolvidas para facilitar o processo de busca, uma das mais simples é a chamada imagem direta. Consiste em uma poderosa câmera que detecta a luz emitida ou refletida em exoplanetas.
Devido à imensidão do espaço, é como contar os grãos de areia do mar, é por isso que encontraram apenas 20 planetas com esse método.
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